Carlos Drummond de Andrade
O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
a antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
a antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
Lindo! Lindo! Lindo!
ResponderExcluirLinda e amorosa semana pra vc :)
Uma maravilhosa semana pra vc também, Tina. ♥
ResponderExcluirOi! Prezada Tamires.
ResponderExcluirA prova disso está em certos casais de velhinhos quais passam por nós, deixando-nos espantados, e daí caminham eles de mãos dadas e se sentam num banco de uma praça e conversam sorridentes, e não se sabe as trocas de palavras acompanhadas do brilho de casais ainda por tanto tempo apaixonados.
Um forte abraço, cheio de Paz e Luz.