quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Estrelinha que reluz

Bia Bedran





Estrelinha que reluz
A primeira que hoje vejo
Com teu brilho e tua luz
Realize o meu desejo


E depois do seu pedido
Não descanse pra esperar
Para que ele se realize
Você tem que trabalhar


Mas agora, a noite escura
É um manto a lhe cobrir
Se aconchegue bem pertinho,
Para eu fazer você dormir

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A flor da honestidade

 
  Conta-se que por volta do ano 250 A.C., na China antiga, um príncipe da região norte do país estava às vésperas de ser coroado imperador mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar.
Sabendo disso, ele resolveu fazer uma "disputa" entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de ser sua esposa. No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio.
  Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.
Ao chegar em casa contou à jovem e desesperou-se ao ver que ela pretendia ir à celebração, indagando preocupada:
_ Minha filha, o que você fará lá ? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça, eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne esse sofrimento uma loucura.
E a filha respondeu:
_ Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca. Eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, e isto já me torna feliz.
Na hora marcada, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções.
Em determinado momento, o príncipe anunciou o desafio:
_ Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China.
  A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de "cultivar" algo.
  O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado. Mas passaram-se três meses e nada surgiu.
A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido, Dia após dia. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado.
  Consciente do seu esforço e dedicação a moça comunicou a sua mãe que, independente das circunstâncias retornaria ao palácio, no prazo combinado, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.
  Na data e hora marcada, lá se apresentou, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas cores e formas. A jovem ficou admirada, nunca havia presenciado tão bela cena.
  Finalmente, chegou o momento esperado e o príncipe passou a observar a flor trazida por cada uma das pretendentes, com muito cuidado e atenção. Após analisar todas elas, ele anunciou um resultado surpreendente, indicando a bela mas humilde jovem, do vaso vazio, como sua futura esposa.
  O público presente, perplexo, quis saber o motivo, afinal, o desafio previa que se casaria com a moça que lhe trouxesse a mais bela flor e ele escolhera, justamente, a que não cultivara flor alguma.

Então, calmamente, o príncipe esclareceu:
_ Esta jovem foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz: A Flor da Honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.
A Honestidade é como uma flor, tecida em fios de luz, que ilumina quem a cultiva e espalha claridade ao redor. Independente de tudo e de todas as situações que nos rodeiam, que possamos espalhar essa luz àqueles que nos cercam..

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

V

Charles Chaplin



Se matamos uma pessoa somos assassinos. Se matamos milhões de homens, celebram-nos como heróis.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Roteiro novo

Camila Karina


Cedo ou tarde
a tempestade 
um dia cessa
e encontramos
o ninho
um caminho
o novo roteiro
de nossa própria
peça

Retirado do blog Paralelos do cotidiano

Lua e Flor


Eu amava como amava algum cantor
De qualquer clichê de cabaré, de lua e flor...
E sonhava como a feia na vitrine
Como carta que se assina em vão...
Eu amava como amava um sonhador
Sem saber porquê
E amava ter no coração
A certeza ventilada de poesia
De que o dia, amanhece não...
Eu amava como amava um pescador

Que se encanta mais com a rede que com o mar
Eu amava, como jamais poderia
Se soubesse como te encontrar...
Eu amava como amava algum cantor

De qualquer clichê de cabaré, de lua e flor...
Eu sonhava como a feia na vitrine

Como carta que se assina em vão...
Eu amava como amava um pescador

Que se encanta mais com a rede que com o mar
Eu amava como jamais poderia
Se soubesse como te encontrar...



domingo, 12 de fevereiro de 2012

O trem da vida

  João Prado

          
    
Braços, pernas, cabeça, coração
Eu sou João.
E não me assusto com essa coisa de tristeza.
Num segundo eu viro a mesa,
posso até recomeçar.
Não faço caso de viver contra a corrente,
tenho força suficiente,
tenho Deus pra me ajudar.
Eu vivo a vida
muito além dos desenganos.
Não coloco nos meus planos,
guerra, ódio, preconceito.
A vida corre rapidinho ligeireza.
Perder tempo com tristeza
não me traz nenhum proveito.
É necessário ver o lado bom da vida,
e vivê-la colorida.
Falta cor? A gente faz.
E nesse trem da esperança,
eu sou foguista.
Se é preciso ser artista
nesse ofício eu sou capaz.
E boto lenha na fornalha
e toco em frente.
Deus ajuda quem trabalha
Ele bota fé na gente.
Vez em quando a gente falha,
e o trem pára de repente.
E a esperança vai embora.
E a agonia toma conta.
Justamente nessa hora
que a amargura sempre apronta.
Eu aí respiro fundo,
faço espada dos espinhos,
saio à cata pelo mundo,
junto os cacos no caminho,
e em fração de alguns segundos
o trem sai devagarinho.
Vai com certa displicência,
Natural dificuldade.
Mas no entanto a experiência
faz gerar velocidade.
Alegria é uma parada
tão bonita de viver,
mas a vida é uma jornada,
se a tristeza acontecer
vou passar em disparada,
quase não vou perceber.
Passam campos todo em trigo.
Passa flor, passa canhão.
Passa o campo do inimigo
é um perigo essa estação!
Necessário faz-se o abrigo
Pra morada do perdão.
Passa o rio, passa a ponte,
passa o tédio, passa a dor,
passa o tempo, passa o monte.
Maquinista, meu senhor,
se passares pela Fonte
pare um pouco por favor.
Só não pares na Amargura,
Nem na Dor Desesperada.
A viagem é uma doçura,
vai de sonhos carregada,
gaste o tempo na Doçura
que é a estação mais cobiçada.
Se passares por Carinho
passe bem devagarinho,
pare um pouco se puderes.
No Faz de Conta, o sinal
deu defeito, ficou mal
a desculpa que quiseres.
Na estação da Liberdade
maquinista, maquinista,
por favor, fique à vontade.
Liberdade é uma conquista
deu vontade de parar,
deu vontade de correr,
tenho tempo pra chegar,
tenho pressa de viver.
Quero ter o que contar
quando vida anoitecer.
Sou assim.
E o trem avança,
e carrega uma criança
que não cansa de sonhar.
Quando a vida é um desatino
recupero o eu menino
que aprendeu modificar.
E o trem segue em disparada.
Mágoa, dor, amor, perdão.
Ô viagem complicada
pra chegar à perfeição.
Mas a garra se faz viva.
Braços, pernas e emoções,
lá vou eu locomotiva
rebocando os meus vagões.
Se uns vagões vão carregados
das agruras que vivi,
outros vão superlotados
das razões porque sorri.
E o trem vai desenfreado,
serelepe, acelerado:
PIUÍ, PIUÍ, PIUÍ...

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Meu poema

Ulisses Borges



O que escrevo não é isso
catalogado como uma caixa
de um remédio para a dor.

Meu poema é meu poema.

Quando me vem de graça,
não injeta sobre a testa
qualquer tese de um doutor.

É substância que me preenche
todas as veias sem fazer furo.

E se ao outro o meu poema atinge,
penetra-o sem saber onde mirar
como um tiro dado no escuro.


Retirado dop blog Eu é um outro

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Estarei sempre contigo...

         Bela
Onde tu fores ... irei contigo
Escondida no teu coração
Cuidarei de ti ... com carinho
Com amor ... com paixão.
Porque onde eu for ... irás comigo
A distância será uma ilusão
Carrego-te no peito ... com saudade
Com alegria ... pura felicidade
Por isso amor ... estamos juntos
Sempre ... onde a vida nos levar
O nosso abraço ... é a certeza
Que nada nos irá separar.
                        


                            Retirado do blog Amores da minha vida

domingo, 5 de fevereiro de 2012

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Sapato velho

É difícil falar em música preferidas, mas essa....
Arranjo perfeito!




Tom: A
  
Intro: A  D/A  E/A  D7M  C#m7  Bm7  A9  D/A  E/A  D7M  C#m7  Bm7  A

A    D/A     E/A    D7M C#m7 Bm7 A9     G#°  F#m7 
Você lembra, lembra na..que..le  tempo eu   ti...nha
  F#m7      B/A      G#m7       C#m7
Estrelas no olhos um jeito de herói
F#m7      D7M   C#m7 Bm7 A
Era  mais forte e    ve..loz
    G#°        F#m7  Dm/F   A / D/A / E/A / D/A
Que qualquer mocinho de  cowboy

A    D/A     E/A    D7M C#m7 Bm7 A9    G#°  F#m7 
Você lembra, lembra eu  cos..tu..mava    andar  bem
F#m7        B/A        G#m7     C#m7  F#m7      D7M C#m7 Bm7 A
Mais de mil léguas prá poder buscar   flores de mai.o    a...zuis
  G#°       F#m7  Dm/F   A    D/A    E/A    Asus 4/7/9
E os seus cabelos enfei-ta    a      a      ar

D/A     E/A      C#m7     F# F#4
Água da fonte cansei de beber
B   Gb/Bb G#m7 F#7  Eb / Bb7(4/9) / Eb / Eb7(4/9)
Prá não   en...ve..lhecer
G#7M    A#/G#    Gm7      Cm7  F  C/E Dm7 C    A / D/A / A
Como quisesse roubar da manhã  um lin..do  pôr de sol
D7M C#m7 Bm7 A  G#° F#m7  F#m7      B/A
Ho..je   não co..lho mais as flores de maio
    G#m7       C#m7  Bbm7      Eb7
Nem sou mais veloz   como os heróis

Bm7  E7(4/9)    A    D/A    E/A   D7M  C#m7    Bm7 A  G#° F#m7 
É    talvez  eu seja simplesmente como      um sa..pa..to  ve...lho
F#m7      B/A       G#m7    C#m7  F#m7    D7M  C#m7 Bm7 A
Mas ainda sirvo, se você quiser   basta você   me   cal..çar
       G#°      F#m7  Dm/F     A / D/A / E/A / D/A / A
Que eu aqueço o frio  dos seus pés





Bem-querer...

(Karla Thayse Mendes - 07/10/11)
Ilustração: Wallcoo
Deixa eu cuidar de ti
e te guardar no meu abraço de amor.
Te coloco pra dormir
e faço dos meus beijos teu cobertor. 

Retirado do blog Pétalas de uma flor em mim

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

II

Demócrito




"Se você sofreu alguma injustiça, console-se; a verdadeira infelicidade é cometê-la".

Quando...

Priscila Lima


Quando imaginei, fui longe.
Quando planejei, tentei ter certezas.
Quando desejei, procurei ter cautela.
E quando fiz um pedido, foi para ter um certo alguém.

Quando eu não tinha, quis.
Quando eu tive, duvidei.
Quando estava nas minhas mãos, deixei escapar.
E quando quis que voltasse, já tinha se perdido no ar.

Quando penso, sinto saudades.
Quando ignoro, ainda gosto.
Quando fujo, quero estar perto.
E quando fecho os olhos, em pensamento posso tocar.

Quando mudei, foi porque era preciso.
Quando cantei, foi para deixar subentendido.
Quando desviei o olhar, foi para não me entregar.
E quando me lembro, só sei amar...


Retirado do blog Manuscrito

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